quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Maysa

Eu acredito que a primeira música que ouvi dela tenha sido, e é bem provável que seja tão verdade, Alguém me disse e já tem bastante tempo. Por muito tempo, continuei ouvindo, graças aos amigos do meu pai, e do mesmo, as várias outras músicas dessa fantástica cantora brasileira. E não consigo explicar o tanto que gosto profundamente de qualquer música que tenha saído da boca, já fechada, de Maysa Monjardim - mulher fantástica, densa, turva, linda. Mas, confesso que, pouco sabia da sua trajetória como pessoa, só o que ouvia meu pai contar quando perguntava quem tinha sido. Até que vi numa livraria a sua biografia e tratei de adquirir uma. Li e não acreditei no que vi, ela foi simplesmente extraordinária - pela sua vida kami-kase, pela fossa e principalmente pelos seus feitos. Gosto de cantores sinceros, que usam a sua arte para falar de coisas suas e gosto mais quando essas coisas deles são tão minhas quanto dos mesmos. Gosto de Maysa cantando Bloco da Solidão, adoro ouvir Por Causa de Você e me derreto inteiro ao lembrar de Dindi. O meu fascínio beirou a loucura quando procurei, em vão, algum mísero trecho onde ela cante Cartola - mas não consegui, e acredito ser loucura que tenha feito.
E sabe o que é mais maravilhoso? Fui um dos ganhadores de um quiz na internet sobre a vida dela. Confesso que fiquei muito surpreso e muito orgulhoso, mas poucas pessoas tem noção da capacidade dela, e de tantas outras brasileiras. Por azar, o brasileiro tem memória curta, principalmente para coisa boa. E por sorte, Maysa cantou Ne me quitte pas que já era incrível na voz da Edith Piaf, e ficou muito esplendoroso declamado e somado a angústia e solidão que foram a vida dessa que tituleia esse post.

Viva Maysa!

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