Um dia eu percebi que não poderia mais viver. E não foi uma descoberta repentina, quase um achado. Foi um aprendizado, árduo, longíquo e muito, muito doloroso. Sofri tanto quando vi a grande porcaria que era viver assim, daquele jeito ruim e cheguei a brilhante conclusão de que viver era só isso: um eterno mar duvidoso, muito turbulento e furioso, com muitas ondas avassaladoras e com a eterna impressão de que não era nada e que um dia nadaria, nadaria para morrer à beira da praia. Foram tempos dolorosos e viver se resumia em carregar uma cruz pesada demais, e por mais que um outro alguém te ajudasse de vez em quando, ora limpando o teu rosto ou dando alguns passos no teu lugar, sempre havia uma via-crucis a ser cumprida única e exclusivamente por mim. Mas hoje, eu sou grato a ti por ter me mostrado o lado ensolarado desse mundo redondo. Eu ia escrever mais, só que prefiro dizer pra ti - só pra ti.
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