Ele era só uma criança que queria frequentar aquele mesmo lugar que as irmãs já frequentavam, ver e aprender coisas novas e conhecer gente, afinal ficar alienado à sua família - numa espécie de jaula permitida - não era nada confortável. Ele não se contentava em passar as tardes sozinho com sua avó ou com sua babá, apesar de achar muito bacana dormir sempre depois do almoço e ter a tarde livre para explorar o mundo cercado pelos limites de sua própria casa. Só que ninguém o aceitava do jeito que era, e ele não entendia porquê, só se sentia sozinho e queria ver o mundo fora daquele muro alto. Pediu, então, em suas preces para que alguma dinvidade - no caso Deus mesmo, caso não fosse incomodo - que lhe ajudasse no processo de aceitação e foi por muita insistência do pai, um jeitinho da mãe e um tanto mais de oração sua que conseguiu sair dali, conhecer o mundo, aprender sobre liberdade, escolhas e abc. Desde então, Ele deixou de ser uma criança curiosa e passou a ser gente. Hoje, Ele não tem mais tanta fé naquelas divindades que tanto pediu, não tem mais o muro alto que lhe proteja, e continua não frequentando os lugares que as suas irmãs frequentam, porém, o que ele sente mais falta, sem dúvida é de não poder dormir depois do almoço.
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