terça-feira, 6 de julho de 2010

mudança, por onde começar

Venho debatendo o tema da mudança que as coisas precisam, envolvendo nisso temas de abordo, direitos iguais, política e tal e pá. E sempre que isso acontece me lembro de uma das minhas máximas na hora de escolher: PRA QUÊ? Tenho uma canseira nata de tudo o que não pode ser mudado, não que isso seja ruim - o que não é. Tenho cansaço porque já pensei tanto no assunto que percebi que não vale tanto a pena assim ficar debatendo por ideais, quando a força de qualquer movimento deve partir do príncipio de preparar o terreno pra receber a mudança e não sair mudando e querendo a mudança ao meu gosto. Assim como a mudança deve ocorrer nas coisas que se mudam, deve acontecer também na coisa mudada. Compreende? Se estou mudando de baia no trabalho, for instance, não posso querer ter uma baia idêntica a anterior, porque a nova pode ser maior, menor, em formato de L/ I e etc. Vou mudar tanto a baia, que me receberá, quanto os objetos - que serão mudados. Daê me vem na cabeça essas manifestações do tipo PARADA GAY, PARADA DOS ASSASSINADOS, PARADA DE WHATEVER e fico pensando na grande palhaçada disso tudo: é tão desgastante ver que apesar de vivermos tudo o que vivemos, ainda somos os mesmos e vivemos... Nesse sentido vem aquele meu cansaço, de conformado, ou de espiritualizado (eu decido), onde já sei que nada muda porque eu QUERO QUE MUDE, as coisas mudam porque precisam ser mudadas. Esse tipo de manifestação só demonstra a nossa necessidade de mudança, mas será que essa mudança quer ocorrer? Pensem nisso. Paciência. Calm down. Além do que a mudança, quando é pra valer, ocorre de dentro pra fora. Se quero mudar o mundo, começo me mudando. A hamornia nunca ocorre de um lado só, todos os lados se moldam e se ajustam e se desgastam e se debatem e se rasgam e se sangram e se choram e se riem e se e se e se e se, até que haja uma forma comum. Não adianta querer a mudança fora de mim, se ela não ocorreu em mim. Só mudo fora o que já está mudado em mim. E não pensem que é fácil, ou que é menos difícil, de uma mudança ocorrer dentro de si, é muito desgastante porque mudar sempre é. E agora que conclui tudo o que queria me vem de novo aquele pensamento: PRA QUE? Pra nada, pra registrar, porque isso não muda nunca, não muda nada