it is a long long long looooooooooooong road

daê que eu entrei nessa sem saber onde exatamente queria chegar, a bem da verdade é que qualquer coisa me parecia melhor do que esperar meu cabelo crescer para fazer um relaxamento para finalmente ter os cabelos cacheados e não mais crespos. e fui indo sentindo aquele cheiro que remotamente me lembrava o consultório do meu otorrino e daquelas intermináveis sessões de tratamento de alguns tumores no ouvido direito, e as vezes sentia um gosto bem melhor do que aquele último vômito provocado pelo martini rosé virado no gargalo. acho que sempre quis que fosse assim: ir tateando sem estar perdido, seria isso a segurança que procurei? o que sei dizer é que não havia mais necessidade dos remédios, quer dizer uma ou duas dorflex vez em quando, já que ninguém é de ferro. só que daê que o sol chegou em leão e eu viro uma fera e saio cuspindo merda pra todo lado. a exigência que faço de mim mesmo acabo transferindo pra quem estiver por perto, e mesmo trabalhando essas cagadas que involuntariamente acontecem, por fim elas continuam acontecendo. e cá estou eu limpando esse gosto de arrependimento com esses remédios que nem sei se estou dormindo, se estou acordado, se é que sei de algo, se é que adianta de algo: nada muda, n a d a    m u d a, nem o gosto desse xarope que não sei mais se estou tomando ou se estou enchendo o pote se estou vivo se estou qualquer coisa

What the hell am i doing?

E agora que o que me resta é continuar mastigando essa massa sem gosto, sem cor, sem sentido, sem saber se devo engolir, se devo cuspir. Qual é o próximo passo? Ir continuar indo em direção as luzes que, por incrível que pareça, continuam acesas? Ou fechar os olhos e voltar tateando o caminho com as mãos, com os pés, com os ouvidos, com o nariz. Desesperança é isso? Só isso? E agora? Já bebi daquela água, quero agora vomitar.

2012: QUE FASE!

Estamos já pra lá da metade de março, o sol está entrando em áries (cruzes), e a vaibe positiva to achando que se perdeu lá em 2010. Um apelo: 2010 volte; Esse ano está tudo tão escroto que nem o BBB está servindo pra algo, uma porcaria. Será mesmo possível que tudo se acabará em dezembro? Deus-do-céu. Se é pra ser o último, que seja o mais incrível!

Agora é Cinza

Estava aqui pensando na diferença de 2011 e 2012 no mesmo período de tempo (do reveilão até o carnaval) e apenas que: não sei diferenciar. Em ambos estava me aomilhando pra conseguir uma matrícula na UFAM, em ambos tinha voltado de uma viagem maravilinda e em ambos a insônia reinava em mi corpito; E pasmem: em ambos estou em contagem regressiva pro próximo ano. Vamos atravessar essas doze casas do zodíaco e quem sabe ser feliz de novo quando o sol estiver em aquário.

Sei que chegou a virada e foi um cu (de novo, pior virada da vida ever), chegou a viagem e tudo parecia lindo só que pena que ela acaba e voltamos a programação normal. O bom é que nem deu tempo de muita coisa e nem de pensar e planejar e ver que nada vai ser como se planeja, porque simplesmente o tempo está aceleradíssimo. O lado bom é que pelo meno em 2012 rola a promessa de tudo acabar e na pior das hipóteses teremos mais feriados, pena que meu atual trabalho não enforca nenhum deles. RISOS.

Um pedido para 2012: melhore viu

Coisas de 2011

Carta Aberta enviada à Talita Abreu.

Talitinha,

Lá fora está caindo um temporal daqueles homéricos, temos a primeira presidenta deste país cafona: uma mulher que foi torturada; e você acabou de completar quatro aninhos.

Parece que foi ontem a primeira vez que te carreguei no colo, e de fato foi, foi ontem a quatro anos. De lá pra cá o que cresceu, além dos seus lindos cabelos castanhos, foi essa saudade que sinto. Sua mãe resolveu desligar o celular o fim de semana inteiro, ainda não sei o motivo, talvez um retiro espiritual dessa igreja que frequentam ou pura maldade dela mesmo, prefiro crer no primeiro. Sei que ainda não pude te abraçar como merece e te acarinhar como preciso. Estou passando por dificuldades emocionais diversas, o que me rende textos e olheiras. Comecei um tratamento brabo pra pele, o que tem me impedido de comer besteira e beber.

Olhei agora lá fora e a única coisa que consigo distinguir no meio do céu tom de cinza é uma luz de um para-raio, parada suspensa. Lembrei do meu futuro contigo e da incerteza de que me compreenderá. Quem sabe sim, quem sabe não.

Te amo,

1 bj. Diley

COISA VIVA, VIVA A COISA, A COISA QUE VIVE.

Living is easy with eyes closed

Misunderstanding all you see

It's getting hard to be someone

(Strawberry Fields Forever – The Beatles)

Dentro de mim mora uma coisa bem viva. Não que eu mesmo, separado da coisa, não esteja vivo, pelo contrário. Mas é que essa coisa é tão viva que merece ser mais do que eu mesmo. Talvez haja essa necessidade de ser habitado por uma coisa viva para que permaneça com as coisas de viver. E se não houvesse essa coisa dentro, vendo-me sozinho, seria capaz de imaginá-la com tanta força que de repente estaria ali, inventada. Vejo tão viva quanto enxergo crianças correndo: um coração latejando forte, um estômago trovejando alto. Leio livros difíceis, aprendo rituais complicados, como alimentos saudáveis e ouço músicas cultas com a única intenção de inteligentiá-la. Vez ou outra acendo uma vela para que me venha compreensão daquilo que não aceito e espero que ela não me veja assim, descrente e frágil. Porque a mantenho presa, do contrário, se liberto ela me engole. E não quero ser a coisa viva dentro doutra vivíssima. Nenhum dos dois seria beneficiado. Se vivo dentro dela, sou um câncer. E não quero fazer mal a ninguém, mesmo mantendo presa acredito estar lhe protegendo dos outros. Não quero fazer mal a ninguém e sempre faço; Queria poder dizer o quanto é bom senti-la o tempo todo, inclusive agora, inclusive aqui. E poder confessar que é bom sentir essa coisa viva dentro de mim e o quanto ela me faz feliz, apenas existindo e me fazendo existir. Mas é que quando ela lateja – e lateja, lateja, lateja o tempo todo - sinto como um se líquido dançasse, escorresse por dentro querendo saída. Queria poder dizer que sentir essa coisa viva é tão bonito que me dá vontade de cantar o tempo todo, mas se canto é pra me esquecer do gosto do líquido do seu latejar; Inclusive, já pensei em deixá-la minguar até desaparecer. Só que voltaria a ser aquilo que não lembro que fui antes da coisa me latejar pela primeira vez, e voltando a ser aquilo, talvez uma outra a coisa nascesse sendo o que esta já foi: um nó. Um nó no peito, um nó na garganta, um nó no estômago. Que num repente ganhou vida me dando nós, e também me estruturou através dos nós. Se o desato, temo por desconstruir a fundação que nos sustenta. E tenho carregado essa coisa desde que me lembro de ter criado consciência. Desistir dela significaria deixar pra trás tudo aquilo que tenho sido e não tenho forças para me reiniciar, mesmo se possível desistiria; Fico pensando se essa coisa viva resolve de fato viver, por enquanto apenas existe dentro de mim. Passaríamos a ser duas coisas vivendo se co-habitando. Seria possível mantermos nossa harmonia sendo duas coisas vivendo no espaço onde apenas é possível se ter uma? Provável que sucumbiria a vivência dessa coisa, que por merecimento é maior do que eu, só que ela não sabe. A criatura ultrapassou o criador e não sabe. Se descobre, desando. Um apocalipse de coisas vivas, uma seleção de vida onde não tenho chance e nem vontade alguma de vencer; Viver com ela é o que me tem estruturado, viver sem ela me daria duas opções: voltar a ser o que nem lembro que fui ou passar a existir dentro da sua própria vivência; Dentro de mim mora uma coisa latejante bem viva, que me emaranhou em nós e me sustenta para que fosse possível a vivência – nem tão harmônica – de ambos, e essa coisa bem viva está espirrando um líquido amargo, que não sei se cuspo, mastigo ou engulo.

Diley Rodrigues.

2000 e desce

Vi gente postando umas coisas do tipo 'feliz 2000 e doce' e de primeira achei genial porque uma amiga querida tinha postado, mas depois virou uma coisa bem cafona porque a galera repostando aquilo e tal. Gente? Uma dica: que cagado. Preferi o posterior 'feliz 2000 e dose' porque é o que temos pra hoje.