O que me eu era? Era o caos. Finjo que superei tudo - e finjo tão bem que a maior parte do tempo tenho acreditado nisso - mas será mesmo que superei, ou pior: será mesmo que QUERO superar? Não sei o que meu corpo abriga nessa noite quente de verão, e não me importa que mil raios partam qualquer sentido vago de razão - eu ando tão down. Tenho vontade nada - só de ficar parado, sem respirar e sem viver. Quero entender o mundo através das marcas no meu corpo. Mas será possível? Como posso entender o externo sem passar pela barreira que me separa de todo o resto? Invento diálogos, escrevo baboseiras, mas o que preciso mesmo - e quase o tempo todo - é de um colo involuntário e de uma voz me dizendo: I know what you are going throw, let me help you, let me do something for you, keep cool. De repente a certeza de um amanhã mais sólido se perde na indecisão de minha própria natureza complexa. E nessa incoerente e repentina incerteza fico assim nesse estado de quase qualquer coisa, com a língua amarga, com inexistência permitida e achando que nada mais pode ser feito. E veio agora uma coisa de deixar ir indo, porque ainda é madrugada, deixa clarear.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
deixa clarear
Estou ouvindo Clara Nunes (EP Guerreira) e volto a lembrar do eu de dois anos pra cá.
O que me eu era? Era o caos. Finjo que superei tudo - e finjo tão bem que a maior parte do tempo tenho acreditado nisso - mas será mesmo que superei, ou pior: será mesmo que QUERO superar? Não sei o que meu corpo abriga nessa noite quente de verão, e não me importa que mil raios partam qualquer sentido vago de razão - eu ando tão down. Tenho vontade nada - só de ficar parado, sem respirar e sem viver. Quero entender o mundo através das marcas no meu corpo. Mas será possível? Como posso entender o externo sem passar pela barreira que me separa de todo o resto? Invento diálogos, escrevo baboseiras, mas o que preciso mesmo - e quase o tempo todo - é de um colo involuntário e de uma voz me dizendo: I know what you are going throw, let me help you, let me do something for you, keep cool. De repente a certeza de um amanhã mais sólido se perde na indecisão de minha própria natureza complexa. E nessa incoerente e repentina incerteza fico assim nesse estado de quase qualquer coisa, com a língua amarga, com inexistência permitida e achando que nada mais pode ser feito. E veio agora uma coisa de deixar ir indo, porque ainda é madrugada, deixa clarear.
O que me eu era? Era o caos. Finjo que superei tudo - e finjo tão bem que a maior parte do tempo tenho acreditado nisso - mas será mesmo que superei, ou pior: será mesmo que QUERO superar? Não sei o que meu corpo abriga nessa noite quente de verão, e não me importa que mil raios partam qualquer sentido vago de razão - eu ando tão down. Tenho vontade nada - só de ficar parado, sem respirar e sem viver. Quero entender o mundo através das marcas no meu corpo. Mas será possível? Como posso entender o externo sem passar pela barreira que me separa de todo o resto? Invento diálogos, escrevo baboseiras, mas o que preciso mesmo - e quase o tempo todo - é de um colo involuntário e de uma voz me dizendo: I know what you are going throw, let me help you, let me do something for you, keep cool. De repente a certeza de um amanhã mais sólido se perde na indecisão de minha própria natureza complexa. E nessa incoerente e repentina incerteza fico assim nesse estado de quase qualquer coisa, com a língua amarga, com inexistência permitida e achando que nada mais pode ser feito. E veio agora uma coisa de deixar ir indo, porque ainda é madrugada, deixa clarear.
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